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Saúde

24/04/2018 - Ações intensificadas reduzem o índice do LIRAa em 5%

Resultado das ações nos últimos 2 meses é altamente positivo, e planejamento de ações se mantém conforme o monitoramento constante 

O prefeito Paulo Piau, o secretário de Saúde Iraci Neto e a equipe da Vigilância em Saúde e Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias, anunciaram na manhã desta segunda-feira os dados do 2º LIRAa de 2018. O índice da segunda mostra do ano mostra 3,7% de infestação do Aedes aegypti no município, uma significativa diminuição de 5% em relação ao índice de janeiro, que foi de 8,7%. O LIRAa é o Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti, metodologia de trabalho que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, e consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de surto das arboviroses.

Desde a divulgação do 1º LIRAa de 2018, diversas ações foram intensificadas para que uma diminuição significativa do índice pudesse ser alcançada. A Secretaria de Saúde explica que intensificou o fumacê e o mutirão de limpeza, e ainda houve parceria com o Departamento de Posturas, CRAS e CREAS para ações conjuntas de fiscalização e de educação. Houve investimentos extras de R$109.430,94, sendo gastos com mão de obra, horas extras e combustível para a execução das ações.

Em relação ao Mutirão de Limpeza, que teve início no dia 8 de fevereiro, as equipes da Vigilância em Saúde e Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias destacam que foram 22 bairros atendidos, totalizando 1475 quarteirões e 46.200 imóveis vistoriados. Foram cerca de 82 caminhões de lixo, com materiais inservíveis e de risco para acúmulo de água, sem contar pneus e eletrônicos, somaram 73.757 kg de lixo recolhido.

Outro aspecto observado é que, dos materiais onde foram encontradas larvas de Aedes aegypti, 36,6% foram em recipientes de depósitos móveis, ou seja, vasos/frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, pingadeira e recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, etc. 35,5% das larvas também estavam em resíduos sólidos, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Também se destacam os depósitos fixos, que somaram 26,6% dos locais com larvas, sendo tanques, calhas, lajes, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, cacos de vidro em muros e outros adornos arquitetônicos, etc.

Já em relação aos bairros com maiores índices de infestação neste LIRAa, acima de 10% em relação ao total em comparação ao levantamento de janeiro, os índices se destacaram no Umuarama, Parque dos Girassóis II, Vainice Andrade, Res. Beija Flor, Vila Arquelau, Alfredo Freire, Res. Morumbi II e Portal do Sol.

Para o prefeito Paulo Piau, os investimentos podem ser reduzidos a partir do momento em que a população tomar mais consciência da importância de seu papel. “Limpeza é saúde e esperamos que esse índice continue diminuindo se todos colaborarem. Temos mantido essa estrutura de cuidados, sobretudo preventivo, mas chegamos hoje em dados realmente normais e positivos”.

Sobre medidas administrativas em casos de acúmulo de lixo e terrenos, Paulo Piau reforça que esta é uma possibilidade mantida em estudo. “Infelizmente muitas pessoas só criam consciência quando se mexe no bolso. Temos visto muito material jogado de forma irregular, e isso para nós não é positivo. Estamos estudando o que é de responsabilidade de processo que envolve o município, e o que não for da própria Prefeitura nós vamos cobrar. Ninguém é obrigado a tolerar o lixo do outro”, ressalta o prefeito.

O secretário de Saúde, Iraci Neto, avalia que a redução do índice é muito significativa. “Já houve um grande resultado dessa intensificação de trabalho feita a várias mãos dentro do município. Vamos continuar as ações, haja vista que o trabalho com a dengue é contínuo o ano todo e a rotina de trabalho é mantida. E uma questão importante é da educação, pois vamos continuar aproximando a população para este contexto de discussão que poderia ser minimizada com o apoio das pessoas e com menos custos extras”.

Iraci esclarece que o Mutirão de Limpeza continuará até meados de maio, quando a equipe deve se reunir para avaliar os resultados e a continuidade. “Há um custo operacional, e nós temos que ter também responsabilidade fiscal. Foi necessário para reduzir os índices de janeiro, e com este resultado positivo acreditamos que a rotina do trabalho poderá manter o nível estável até o próximo ciclo. Temos mais dois LIRAas pela frente para continuar nos norteando para as próximas ações no decorrer de 2018”.

Monitoramento - Sobre a importância do LIRAa, a SMS reforça que a partir dos dados levantados que é possível identificar os criadouros predominantes e verificar a situação de infestação do município, além de permitir o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas, como no caso do Mutirão e do Fumacê. O levantamento é realizado normalmente três vezes por ano, nos meses de janeiro, março e outubro, mas a orientação da Secretaria de Estado de Saúde é que em 2018 o LIRAa seja realizado em janeiro, abril, agosto e outubro.

A partir do LIRAa, além do direcionamento das ações para as áreas apontadas como críticas, é possível avaliar as atividades desenvolvidas, possibilitando um melhor aproveitamento dos recursos humanos e materiais disponíveis. Os dados também são essenciais para gerar informações oportunas para aumentar a eficácia do combate ao vetor Aedes aegypti no trabalho de rotina, bem como fornecem informações visando o balizamento das atividades de mobilização social. 

Luiza Carvalho – Jornalista

Secom/PMU 

 
 
 

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