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Comparado com anos anteriores o número de notificações e casos confirmados de dengue continua baixo, mas o LIRAa apurado nos últimos dias aumentou e demonstrou que 8,7% dos imóveis visitados estão com larvas. O resultado atípico chamou a atenção da Secretaria de Saúde.
“Neste levantamento tivemos um atraso na conclusão devido à chuva, a troca de agentes nos bairros e também devido à conferência, visto que assim que chegaram os primeiros estratos, observamos a discrepância em relação ao resultado anterior do mesmo período (janeiro 2017) que foi de 2,4%. Desta forma precisávamos checar as informações para termos segurança do resultado, até porque, o LIRAa serve de fonte informação para alinharmos nossas ações. Diferente do dado relativo ao número de doentes, que é o mais relevante dentro deste contexto. Neste quesito, estamos dentro da normalidade, sendo inclusive mais baixo que em outros anos”, destacou o secretário de Saúde, Iraci Neto, informando que em janeiro de 2017 foram 175 notificações e cinco casos confirmados. Até agora, em 2018, foram 57 notificações e quatro confirmados.
Apesar disso, o secretário lembra que se não houver um engajamento da população na limpeza de seus próprios imóveis, este número de infestação pode se transformar em número de doentes. De acordo com as informações, 86,6% dos recipientes com larvas foram encontradas dentro das residências (ralos, objetos diversos nos quintais, calhas, caixas d’águas, pratos de plantas, entre outros). O restante em áreas de descarte irregular. Vale lembrar que somente nas duas primeiras semanas de janeiro já foram recolhidos mais de 200 toneladas de lixo descartado de forma irregular.
Dados – Desde o 2º semestre, o Governo do Estado já previa um aumento do índice do LIRAa nas cidades, o que está sendo comprovado agora. Assim como Uberaba, outras cidades estão com o índice alto. Por outro lado, as Resoluções publicadas em 2014, 2015, 2016 e 2017 e que somam o montante de R$ 2.576.402.24 a ser repassado ao município para ações da Vigilância em Saúde, também não ocorreu. A mesma situação acontece em diversas cidades mineiras.
“Claro que se tivéssemos estes recursos poderíamos avançar ainda mais. Mas é de conhecimento geral o que o Estado deve para município – em torno de R$ 45 milhões - então estamos trabalhando com tudo que temos. Mas acredito que com esse LIRAa, mesmo o número de casos estando estável, podemos sensibilizar o Estado da nossa necessidade”, avalia o secretário.
Ações – Terão continuidade às ações de mobilização, mutirão com o apoio da Sesurb com o cata-treco, bem como será utilizado o motofog (contratação em andamento). No que tange ao Fumacê, cujo equipamento e produto são do Estado, também foi solicitado. Iraci destaca o engajamento, conforme garante a Lei, dos Agentes Comunitários no processo. Convocação de profissionais temporários para atuar junto a Zoonoses também foi deliberada e acontecerá nos próximos dias.
“Todas as ações estão em andamento e vão ser reforçadas, mas sem a ajuda da população não temos como vencer o problema. Cada um é responsável pelo seu quintal. Tem que utilizar o ecoponto para descarte. Jogar lixo em terreno baldio é um crime contra a saúde pública. Temos que mudar este quadro. Estamos longe de um número de epidemia, que seria de 300 casos confirmados. Hoje temos 4 casos confirmados. Mas não queremos que este número aumente. Para isso, cada cidadão deve fazer a sua parte”, finalizou.
Keila Riceto
SECOM/PMU
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