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A Terapia Comunitária Sistêmica e Integrativa (TCSI) é uma prática de acolhimento e socialização das experiências de vida de forma horizontal e circular. Cada um torna-se terapeuta de si mesmo, cada um é mestre e doutor da sua história e da sua dor. Com o intuito de promover melhores condições emocionais e sociointeracionais aos alunos do projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Secretaria Municipal de Educação realizou, no segundo semestre de 2015, sessões de TCSI com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), das escolas municipais.
De acordo com Ralph de Castro, nutricionista da Secretaria de Educação e Coaching em Saúde e Programação Neurolinguística, foram realizadas cinco sessões com a participação de aproximadamente 75 alunos. Ele apontou que os principais problemas relatados por eles são em relação à conflitos familiares. Durante as sessões foram levantados questionamentos como: Como perdoar o imperdoável? Como aproveitar as oportunidades da vida? O que me tira do sério? Como lidar com arrependimento após a perda de alguém querido, entre outros.
Segundo ele, nas sessões de TCSI os participantes são convidados a dar nome aos seus sentimentos. Os principais deles relatados foram: saudade (falta), ausência, culpa, remorso, arrependimento, tristeza, revolta, raiva, mágoa, alegria, esperança, perseverança, fé, amizade e amor. “Ao fim das sessões o terapeuta convida os participantes a refletiram sobre o que foi aprendido na roda. Ou seja, os participantes são convidados a refletir sobre os assuntos discutidos e o que foi absorvido, como respeitar o sofrimento do outro, compartilhar, ter dedicação, amizade e união e que um capítulo ruim não é o fim da história”, conta.
A Terapia Comunitária Sistêmica e Integrativa (TCSI) compreende o desenvolvimento humano sobre a perspectiva da complexidade. Ou seja, não foca o indivíduo isoladamente; leva em conta seu contexto e suas relações. Ou seja, o indivíduo não é o único responsável por ser portador de um sintoma ou de seu sofrimento, mas sim que existem relações que mantém este sintoma. Neste contexto não há espaço para julgamentos e preconceitos uma vez que todos se tornam corresponsáveis na busca de soluções e superação de desafios do cotidiano em um ambiente acolhedor e afetivo.
A prática ajuda a comunidade a desenvolver um sentimento de pertencer e de identidade convidando seus indivíduos a ter um papel ativo, integrando saberes dos mais diversos contextos socioculturais e ampliando as redes solidárias de promoção da saúde e cidadania, como indica Ralph.
Monica Cussi
Comunicação SEMED
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