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Método diferenciado foi idealizado por professor da Escola Municipal Monteiro Lobato
O professor Cristian Souza Cruz, da Escola Municipal Monteiro Lobato, no bairro Leblon, encontrou uma forma de aliar o uso da tecnologia ao aprendizado em sala de aula. Ele desenvolveu o projeto Matemática nas Nuvens, na iniciativa de integrar aparelhos eletrônicos e ferramentas digitais ao ensino da matemática e da responsabilidade individual.
Cristian conta que a ideia surgiu quando seus alunos começaram a tentar burlar a proibição do uso de smartphones em sala de aula. “Em setembro, comecei a desenvolver este projeto com o objetivo de impedir o uso desses equipamentos na sala de aula, mas depois entendi que existia uma oportunidade para aproveitá-los para dinamizar o método de ensino”, explica o professor.
A diretora Hélia Sandra informa que a Lei Municipal 11.272 não permite o uso de celulares e outros equipamentos eletrônicos na sala de aula. Porém, existe a brecha para que esses objetos sejam utilizados em atividades didático-pedagóficas. Porém, a exceção deve ser devidamente autorizada pelo responsável das respectivas atividades. Hélia afirma que os aparelhos são utilizados somente na aula de matemática e depois são desligados e guardados.
De acordo com Cristian, ele passou a utilizar a internet como forma de salvar e arquivar os trabalhos desenvolvidos no decorrer das aulas. “Depois, começamos a ampliar a diversidade de aparelhos. Fazemos uso de computadores, celulares, tablets, enfim, todas as ferramentas tecnológicas que são populares entre os alunos”, aponta.
Entre as estratégias de atividades, o professor trabalha com a construção de polígonos com canudinhos, pesquisa interativa e registro fotográfico. Além disso, ele ensina os alunos a confeccionarem o Filtro dos Sonhos, explicando a origem da denominação e aplicação cultural do objeto. Neste material ele também trabalha a criatividade e as formas geográficas. O trabalho é registrado e neste momento os alunos aprendem a usar recursos da internet, como o google drive. Ele indica que são feitos resumos de aprendizagem e discussões interpessoais.
Com pouco mais de um mês de realização do projeto, Cristian afirma que já observa resultados muito positivos no rendimento escolar da turma em que o Matemática nas Nuvens é praticado. São alunos do 8º ano, com idades entre os 12 e 13 anos.
“Já consigo perceber uma mudança muito significativa no comportamento destes alunos. Eles prestam atenção durante toda a aula, já não deixam de fazer as tarefas e mostram-se mais interessados no conteúdo porque ele é apresentado por meio da tecnologia e não apenas por meio de um monólogo do professor”, entende Cristian.
Quem também acredita no sucesso do projeto é a diretora Hélia Sandra. “Penso que é uma prova de que a tecnologia pode ser uma companheira da educação e não um obstáculo para a sua realização”, pondera a diretora.
Breno Cordeiro (estagiário de jornalismo)
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