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A comemoração ao aniversário de um ano da Casa do Educador aconteceu durante três dias, com várias atividades. Uma delas foi a Roda de Conversa, com a educadora que inspirou o nome do local, Dedê Prais. Sob a companhia de Sonaly Pereira, chefe do departamento de Formação Profissional, Silvana Elias, secretária de Educação de Uberaba e demais colaboradores da casa, Dedê contou casos sobre a sua amizade com Paulo Freire, ícone da educação no país e no mundo.
Dedê considera a Casa do Educador como um lugar que “tem luz própria e está muito bem organizado e dirigido pela equipe que aqui se encontra”. A homenagem em vida, como ela mesma enfatiza, é o melhor presente, pois é o reconhecimento de todo o trabalho feito em prol da educação. No bate-papo, Dedê contou sobre a sua luta para mudar os nomes das escolas municipais, para nomes de educadores que contribuíram para o desenvolvimento do setor em Uberaba. Além disso, também se dedicou à implantação da educação continuada de professores na cidade.
“A gente nunca para de aprender, até na hora da morte, acho que estamos aprendendo, pois não sabemos ainda como é”, finaliza.
Ainda dentro da programação de aniversário, a Secretaria de Educação por meio do departamento de Formação Profissional realizou na tarde dessa sexta-feira (21), o 3º Fórum de Educação, Ética, e Cultura, com o tema: os desafios dos docentes na sociedade da informação. A abertura artística foi realizada pelas alunas de dança do projeto Tim Educação, da Escola Municipal Olga de Oliveira. As convidadas, Drª Helena de Ornellas Sivieri, da UFTM e Drª Adriana C. Omena Santos, da UFU, debateram com professores da rede municipal sobre os “Desafios dos docentes na sociedade da informação”.
Entre as discussões, as diferenças entre as pessoas e a criação de um modelo de aluno ideal, porém esse padrão alto não existe, pois eles fazem parte de uma nova geração multitarefas, que realizam tudo na velocidade das informações. Diante disso, os docentes não estão levando essas características em consideração, considera a dra. Helena.
Drª Adriana falou sobre as gerações x, y, z, seus comportamentos e as tecnologias, as dificuldades de cada geração. “Há um gargalo na formação de professores, ou seja, alguns professores não conseguem nem ligar o computador, enquanto seus alunos de oito anos já dominam as redes sociais e apps”, relata.
Para elas, os professores devem ser mediadores do conhecimento e assim conseguirem um diálogo recíproco com os seus alunos, pois eles não são mais os ‘donos’ do conhecimento. Enquanto o sistema educacional for do século XVIII os resultados não serão alcançados, pois os alunos são do século XXI. Para isso, Helena enfatiza que as políticas públicas devem ser elaboradas com base nas experiências de quem sofre com o problema.
A finalização foi feita pela secretária de Educação, dizendo que o conhecimento só serve se for para agir na sociedade com transformação. A educadora Leuana Virgínia Cruz de Oliveira, da Escola Municipal Professor José Maciotti, concorda que todos estão buscando soluções e “não estamos sozinhos. Daqui a gente sai com a sementinha, para buscar novos conhecimentos”, finaliza.
Jorn. Monica Cussi
Camila Paiva – estagiária
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