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A crise hídrica no país e as ações que estão em curso para ampliar o abastecimento de água na cidade foram tema de encontro nesta semana entre a direção do Codau e o grupo G9, composto por representantes classistas.
Os estudos climáticos apresentados na reunião foram produzidos pelo engenheiro e professor da UFMG, hidrólogo Mário Cicarelli Pinheiro, consultor do Codau. Ele explica que a região sudeste está sob a influência do fenômeno chamado de ODP – Oscilação Decadal do Pacífico, que bloqueia a entrada das chuvas. Um acontecimento cíclico presente desde o ano passado e já considerado muito mais intenso do que o registrado na última vez que esteve sob o Brasil, no período de 1953 a 1955.
Sabendo que 2015 será um ano muito difícil em termos de chuva o Codau criou um Comitê de Gerenciamento Hídrico para acompanhar essas questões. E o G9 foi convidado para integrar o grupo. O presidente da Aciu, Manoel Rodrigues e o novo dirigente do G9, o diretor da CDL Orlando Silva, se prontificaram a participar das divulgações das campanhas de redução o desperdício de água que o Codau irá lançar nos próximos dias.
‘Precisamos unir esforços entre o poder público e as entidades de classe para que possamos alertar a sociedade de um modo geral sobre a crise que estamos vivendo e da que ainda iremos enfrentar nos próximos meses se faltar consciência por parte de todos’, disse Luiz Guaritá Neto, presidente do Codau.
Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo apontam que a crise hídrica está afetando cerca de 60 mil indústrias no estado paulista. No Rio de Janeiro o governo estima que os prejuízos no campo sejam de R$10 milhões até agora. O Ministério da Integração Nacional divulgou que 936 municípios já decretaram situação de emergência no país por falta de água. Em Minas o governador Fernando Pimentel avisou que se as chuvas não forem suficientes para encherem os reservatórios das cidades atendidas pela Copasa poderá haver racionamento severo. A campanha para reduzir o consumo em 30% já foi lançada pelo governo mineiro.
Luiz Neto reforça que hoje há água no Rio Uberaba, e que o racionamento, por enquanto, está descartado e a avaliação final da situação será feita provavelmente no mês de maio, após o fim das chuvas. ‘Mas agora nosso objetivo é conscientizar a população de que não devemos só torcer por mais chuva, mas devemos mudar os hábitos de consumo, resumiu.’ Guaritá cita que há possibilidade do uberabense reduzir o consumo em 30% já que aqui o consumo per capta é 30% acima da média nacional. Ou seja, 212 litros/pessoa/dia, enquanto que a média do Brasil é de 166 l/hab./dia.
Durante a reunião os integrantes do G9 também puderam conhecer um pouco mais sobre o projeto Mais Água, que visa ampliar a capacidade de distribuição e reservação de água no município. Um dos destaques do projeto é a construção de uma represa de acumulação de água, que terá capacidade para 2 milhões de metros cúbicos de litros de água e será construída na região da Prainha.
Ascom Codau – URA
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