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Educação e Cultura

08/11/2014 - Magistério discute temas importantes em Seminário de inclusão e Encontro de Educadores

A semana foi pra lá de movimentada na Educação Municipal em Uberaba, com o Seminário de Educação Inclusiva e participação maciça dos municípios da região; e o Encontro de Educadores, dividido em duas partes: a teórica com convidados de renome nacional e internacional, e a prática (nas escolas) com avaliação e replanejamento de ações.

 

Novo olhar

Educação inclusiva é política que vai muito além da criança com deficiência

 

A secretária de Educação e Cultura, professora Silvana Elias, afirma que no seminário, os mínimos detalhes foram observados. O evento foi realizado por Uberaba na condição de cidade polo e com recursos do governo federal para qualificar os 39 municípios da circunscrição. Satisfeita com o resultado e adesão, Silvana Elias conta que esteve com alguns secretários municipais ao longo da semana e pôde perceber o desejo de construção macro, de avanços e de satisfação com o evento.

 “Há uma mudança de paradigma, porque a inclusão não se limita à criança com deficiência. É muito mais ampla: trabalha a homofobia, o racismo, as causas da mulher. É, na verdade, uma relação muito estreita com as políticas das minorias, mostrando que nós educadores precisamos fazer a diferença”, ressalta Silvana. E diz isto dentro da reflexão de que ninguém nasce preconceituoso ou intolerante, mas que o mundo está ensinando as crianças a serem intolerantes.

 A escola, a partir desta lógica, ressalta a titular da Semec, deve exercer papel fundamental - como instituição social que é - na mudança de paradigma, inclusive dos próprios educadores.  O tema é tão palpitante e recorrente que a secretária já anuncia que no Congresso de Educação, no primeiro trimestre do ano que vem, o tema educação inclusiva será incluído para que possa chegar a todos os professores e gestores.

 

O Encontro

Secretária abre o coração e chama atenção para a mudança de postura dos educadores

  

Sobre o encontro de formação dos professores da Rede municipal, ontem e hoje, Silvana destacou a participação do professor doutor Celso Vasconcellos. É que ele, conforme a secretária, traz a tônica que a Semec trabalha: a de que o professor deve repudiar a pecha de vítima de um sistema perverso. “Quem constrói este sistema é também a educação, por isso é preciso quebrar o conceito da mesmice; partir para organizar categoria via sindical, para estudar mais, para tratar o aluno como problema da escola e não só da família. É preciso inverter a lógica que vimos muito por aí”, ressaltou.

 A avaliação foi um dos assuntos centrais do encontro. Segundo ela, a partir da avaliação é possível redirecionar o trabalho. “Diante de um espelho, a gente se olha para ficar melhor, não para ficar do jeito que está. Avaliação não é para culpar o outro e não é ponto de chegada; é de partida. Se planeja, executa, avalia para replanejar, para corrigir rota. Do contrário é uma coisa inócua”, observou.

 Em linhas gerais, Silvana, num rápido apanhado, considera que várias conquistas ficaram evidentes, como na educação infantil, na carreira, na remuneração, no boom do Ideb, na infraestrutura. Mas não esconde que algo lhe entristeceu muito: “É quando vejo professores se vitimizarem de um sistema sem perceber que ele, enquanto educador, existe para transformar o sistema; que o magistério é ferramenta de transformação social e que uma visão política da educação é essencial. Ao mesmo tempo em que se enxerga um mundo de contra-valores, é imprescindível que cada um, como educador, se auto-questione o que está fazendo para formar homens e mulheres enquanto cidadãos, para transformar o sistema”.  

 Silvana também não esconde o inconformismo em saber que não pode haver autonomia para deixar o educador livre para participar dos encontros, como seria o ideal. De acordo com a secretária, muitos assinam a lista de presença e vão embora, o que demonstra o não comprometimento com a própria formação. “Claro, autonomia é algo interno. Me sinto importante sendo educadora e tenho convicção de que  a gente educa pelo exemplo. O aluno sabe se seu professor é comprometido ou não”, concluiu a secretária de Educação.

 

Jorn. Gê Alves

Comunicação – PMU

 
 
 

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