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O município de Uberaba colheu na safra 2020/2021, cujo trabalho foi concluído em abril, 334 mil toneladas de soja. O secretário do Agronegócio, José Geraldo Borges Celani, enfatizou a grande produção de soja, a melhor das últimas três safras, e apontou também crescimento nas lavouras de milho e cana-de-açúcar em 2021.
O relatório da safra 2020/2021 foi divulgado, nesta semana, pelo Conselho Gestor de Previsão de Safra composto pela Emater, Sagri, Embrapa, IBGE, Epamig, Conab, Certrim, Sindicato Rural, ABCZ e Banco do Brasil. De acordo com o órgão, a lavoura de soja está 100% colhida no Município. A área plantada, neste ano, foi de 85 mil e 700 hectares. O total, comparado aos 82 mil hectares de 2020, implica em 3.700 hectares a mais, perfazendo um aumento de 4,5% na área plantada de soja em Uberaba.
A produção do grão é a melhor dos últimos três anos. De acordo com os números do Conselho Gestor, foram colhidas 334 mil e 230 toneladas de soja em 2021, com produtividade média de 3.900 quilos por hectare. Em 2020, a produção chegou a 319 mil e 800 toneladas (em 82 mil hectares) e, em 2019, fechou em 324 mil e 870 toneladas (em 98 mil hectares).
Para a lavoura de milho, o Conselho de Safra também apontou crescimento na área plantada. Entre safra de verão 2020/2021 e safrinha, o município de Uberaba plantou 50 mil hectares de milho (25 mil de cada). No ano passado, o total de lavouras de milho ficou em 42 mil e 860 hectares, o que traduz num crescimento de quase 17% na atual safra. Embora a produção tenha sido muito boa, com 225 mil toneladas e produtividade de 9 mil quilos por hectare na safra de verão, o mesmo, ressaltou o agrônomo da Emater Petrônio José da Silva, não se pode falar ainda quanto ao milho de safrinha. “É que o plantio foi tardio e a lavoura segue dependendo de chuvas”, observou.
Ainda nas culturas de grãos, o Município registrou o plantio de 15 mil hectares de sorgo, bastante usado para silagem, e estima plantar 6 mil hectares de trigo cerrado, entre sequeiro e irrigado. O pesquisador da Embrapa, Vanoli Fronza, relatou que confirmada a previsão (alguns dados ainda estão sendo coletados), isto implicará num significativo aumento da área plantada de trigo no Município, uma vez que, em 2020, a lavoura atingiu 4.300 hectares. “Pelo avanço nas pesquisas com variedades resistentes ao solo do cerrado e um grão de altíssima qualidade, Uberaba tem tudo para crescer na cultura do trigo”, avaliou.
Já entre as culturas perenes, os números do Conselho Gestor apontaram para mais uma supersafra de cana-de-açúcar em Uberaba. Entre áreas plantadas e em formação são 121 mil hectares de lavouras de cana. A colheita foi iniciada agora em abril, sendo que a estimativa é de produzir cerca de 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O Município ainda produz 5 mil e 820 hectares de eucalipto, entre áreas plantadas e em formação.
O relatório do Conselho Gestor de Previsão de Safra também traz os números da olericultura 2020/2021. Entre os 15 produtos com lavouras no município de Uberaba, destaque para as produções de cenoura, beterraba, batata, cebola e mandioca. Pela ordem, as previsões para área plantada e produção são as seguintes: cenoura - 2.100 hectares e 84 mil toneladas/ano; beterraba - 1.600 hectares e 40 mil toneladas/ano; batata - 1.200 hectares e 30 mil toneladas/ano; cebola - 700 hectares e 42 mil toneladas/ano e, por fim, mandioca - 870 hectares e 22 mil toneladas por ano.
Na fruticultura, as principais lavouras são as de laranja e abacate. O CGPS estima 380 hectares de área plantada de laranja e 210 hectares de abacate, em 2021. As produções no ano devem ficar em 9.500 toneladas e 4.515 toneladas, respectivamente.
Entusiasmado com a grande safra do Município, o secretário José Geraldo Celani ressaltou que tudo isto se deve ao clima favorável e às chuvas bem distribuídas, mas também ao uso, cada vez mais, de tecnologia pelos nossos produtores, desde a escolha da semente, passando pelos tratos e cuidados, até a colheita. “O bom ainda é que esta alta produtividade vem aliada à diversificação de culturas. Uberaba não é só soja, e nem só cana. Tem a volta do milho, tem o trigo de cerrado ganhando espaço e tem a chegada dos tubérculos, como cenoura, beterraba e batata, dentre outros”, ressaltou Celani.
Guilhermina Severino, gerente Regional da Emater, enalteceu o trabalho conjunto dos órgãos na coleta de dados da safra, o que possibilita o Conselho Gestor fazer estimativas bem próximas da realidade. “Estes números, além de demonstrarem a força do agro em Uberaba, servem para orientar produtores e comerciantes da tendência do mercado, além de traduzir em divisas para o Município”, concluiu.
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