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Principais prejudicados são os cidadãos. Prefeitura amplia fiscalização, mas conta com a denúncia da comunidade também.
O patrimônio público de Uberaba sofre com constantes ataques de vândalos que quebram ou danificam a propriedade pública e acabam por impactar na economia do município que precisa refazer alguns serviços de manutenção repetidas vezes ao longo dos meses. A Fundação Municipal do Esporte e Lazer – FUNEL, por exemplo, possui aproximadamente 60 academias ao ar livre na cidade e cerca de 30% delas são danificadas por mês. O dado, segundo o presidente da Fundação, Luiz Alberto Medina, somam os casos de vandalismo, mau uso e desgaste natural do equipamento, que acabam gerando um custo de manutenção de 3 a 5 mil por mês aos cofres públicos.
“Temos o desgaste grande não apenas financeiro da reposição de peças, solda e manutenção como também com a mão de obra de trabalho, que poderíamos deslocar para construção de outros parques infantis ou outro tipo de atividade. Hoje estamos em dia com a maioria dos reparos, mas temos que mobilizar uma quantidade significativa de funcionários para que possamos dar a manutenção em todas as academias”, explica Medina.
Ele ainda revelou que, recentemente, foi danificado o espaço que estava sendo construído para a implantação de uma nova academia, o que levou a fundação a adiar a entrega para a comunidade, visto que o serviço precisou ser refeito.
O grande número de academias é o que mais dificulta a Funel para fazer a manutenção. “Temos uma equipe que percorre todas as academias, mas precisamos da informação da população comunicando a fundação para corrigir os problemas que venham a ocorrer. Tentamos ao máximo atender a população que gosta de praticar a atividade física. Para a nós o custo benefício de oferecer o serviço mesmo com os gastos de manutenção compensa, pois a comunidade utiliza muito desses espaços, que ajudam a melhorar a saúde e qualidade de vida da população”, pontua Medina.
A Secretaria de Defesa Social, Trânsito e Transportes por meio da Superintendência de Transporte Coletivo, enfrenta casos de vandalismo ligados ao sistema do BRT/Vetor. De acordo com o superintendente, Claudinei Donizete Nunes, as estações tubo da Avenida Leopoldino de Oliveira, tiveram 98 vidros quebrados de janeiro a julho deste ano, devido a atos de vandalismo. A despesa total para reparar as estações gira em torno de 106 mil reais.
Os painéis que mostram o horário do ônibus em tempo real, que estão distribuídos nos pontos de ônibus da cidade são constantemente alvos de vandalismo, sendo danificado mensalmente cerca de cinco painéis. Claudinei explica que o conserto é feito em São Paulo e demora de 15 a 20 dias para ficar pronto e tem um custo de manutenção de cada peça de aproximadamente, R$ 400 reais. Existe ainda a depredação do ar condicionados das estações tubo, as lixeiras que são danificadas, as portas das estações, os validadores dos cartões e a manutenção das catracas.
Outra secretaria que também enfrenta atos de vandalismo é a Secretaria de Serviços Urbanos, que recentemente realizou uma obra de revitalização do coreto da Praça Rui Barbosa, que depois de finalizado foi novamente depredado. Isto em um prazo de uma semana.
Além do vandalismo, a falta de cidadania também causa prejuízos à cidade. Só de lixo descartado em local irregular a secretaria recolheu 7.185 toneladas, o cata-trecos que recolhe sofás, colchões, armários e outros objetos deixados em via pública, recolheu 200 toneladas. Ao todo foram retirados dos bueiros da cidade 100 toneladas de lixo. Dados estes, apenas do 1º semestre de 2017. Para este serviço são deslocados maquinários e recursos humanos que poderiam ser empenhados em outras ações em toda a cidade, como por exemplo, para reforçar o multiação, entre outros programas.
Vale lembrar que a cidade conta com 11 ecopontos. Está com licitação para aquisição de lixeiras, entre outras ações para inibir o descarte irregular em terrenos e descarte de lixo nas ruas, bem como a fiscalização e multa quando necessário (reincidência). Mesmo assim, a população pode ajudar a prefeitura denunciando pelo Fala Cidadão através do 0800-940-0101 e também por meio do Departamento de Posturas 3331-2312.
Jorn. Natália Melo
Comunicação PMU
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