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Reunião realizada nesta terça-feira (27), na Secretaria de Desenvolvimento do Agronegócio, discutiu-se as janelas de plantio das principais culturas do município, que são a soja, o trigo, que é uma cultura em crescimento na região, assim como a cultura do milho verão e safrinha.
Com a presença da equipe técnica da Sagri, o Sindicato Rural, Epamig, Embrapa, Emater, IBGE, Conab, Certrin, Produtores Rurais e as instituições financeiras Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, foram estipulados novos prazos de plantio para o zoneamento agrícola o que afetará diretamente no momento que os produtores rurais forem contratar o seguro agrícola.
A coordenadora Regional da Emater, Guilhermina Maria, explica que quem define os prazos de época de plantio é o Ministério da Agricultura junto com outras instituições, mas que atualmente o zoneamento da safrinha é uma janela de plantio muito apertada, que não tem atendido ao produtor.
A sugestão definida na reunião foi para que o prazo seja estendido até meados de fevereiro pelo menos. “Hoje o zoneamento agrícola termina em 31 de janeiro, uma data que a soja ainda está no campo. Não dando tempo de colher a soja e plantar o milho safrinha, dentro do prazo que o produtor possa ser segurado pelo banco. A definição sugerida é de que o milho safrinha, com um baixo risco de plantio, tenha o prazo até 10 de fevereiro para ser plantado, o que dará uns dias para colher a soja e entrar com o milho para colher a safrinha”, pontua Guilhermina.
Ela ressalta ainda que os 10 dias pode parecer pouco, mas que para o agricultor faz muita diferença. “É importante também levar em consideração o período de chuva. Não adianta colocar mais 30 dias para que o produtor fique dentro do seguro, mas fora do período de chuva, pois sem a chuva é quase 100% de certeza que o plantio não vai vingar”, pondera.
O secretário de Desenvolvimento do Agronegócio, José Geraldo Celani aponta a importância de refazer o mapeamento da região, levando em conta a participação dos produtores rurais e das instituições diretamente ligadas ao setor agrícola, de forma que as decisões a serem tomadas tenham uma fonte de dados reias da região, e que assim possam atender toda a cadeia de maneira satisfatória. “Esse tipo de reunião é importante para que todos falem a mesma língua e alcance o mesmo objetivo que é a segurança do produtor e o aumento da produção”, aponta Celani.
O presidente do Sindicato Rural, Romeu Borges justificou a importância de encaminhar ao Ministério da Agricultura as informações técnicas da região e reforçou a segurança que fará para o agricultor a extensão do prazo, de forma que ele tenha junto às instituições financeiras a garantia do seguro agrícola.
O pesquisador em melhoramento de Trigo da Embrapa, Vanoli Fronza, reforçou que o prazo em vigor estava inviabilizando o plantio das culturas, como o trigo que o zoneamento estava até 20 de fevereiro, mas não se encontra produtores que plantam o trigo nessa data. O pesquisador reforça a importância de alongar o prazo uma vez que atualmente o trabalho de zoneamento é feito com um banco de dados que tem como base números que foram coletados e estabelecidos com as culturas em uma determinada época.
“O que vemos é que o melhoramento genético continua trabalhando, as plantas vão sendo melhoradas, mas se utiliza os números antigos. Têm que ser feitos novos estudos e se utilizar os números atuais, quebrando os paradigmas”, reitera Vanoli.
Jorn. Natália Melo
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