13/08/2015 - Cohagra investiga irregularidade em casas do Anatê

A equipe da Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra) esteve nesta quarta-feira, dia 12, no Residencial Jardim Anatê, inaugurado em junho, investigando uma denúncia de venda de uma casa do Faixa 01 do Programa Minha Casa Minha Vida. Quando a equipe chegou ao local a casa estava vazia, mas os vizinhos do imóvel confirmaram a venda do mesmo e denunciaram mais dois casos irregulares na rua.

O casal que adquiriu o imóvel de forma irregular chegou a ser localizado e prestou depoimento à Guarda Municipal e aos fiscais da Cohagra. A proprietária não pôde ser encontrada no momento da ocorrência, mas no dia anterior, chegou a falar por telefone com uma funcionária da Cohagra onde confirmou ter vendido o imóvel, dizendo inclusive que o casal já estaria em posse da chave.

O diretor Jurídico da Cohagra, Marco Antônio Figueiredo, explica que as casas são da Caixa Econômica Federal e a Cohagra ajuda na fiscalização. “Vamos montar um relatório sobre a situação e encaminhar à Caixa para investigação e assim serem tomadas as ações cabíveis quanto à situação”, aponta Figueiredo.

Um agravante da ocorrência foi o fato de descobrirem que a proprietária do imóvel teria fraudado a documentação para conseguir a casa. “Ela apresentou a certidão de casamento com o pai do filho dela e documento em cartório registrando o divórcio, porém descobriu-se que ela continua junto com o pai da criança”, aponta Figueiredo.

Com a fraude da documentação, o caso ainda será encaminhado a Polícia Federal para investigação. A proprietária do imóvel já perdeu a casa e o direito de conquistar novamente um empreendimento pela Cohagra. O imóvel teve as fechaduras trocadas ainda nesta quarta-feira (12).

Mediante esta situação, a Cohagra deixa um alerta a população. O imóvel do MCMV é liberado no nome do morador e qualquer ação judicial cabível é tratada junto à pessoa que ganhou a casa e é juridicamente dona e responsável pelo local. O casal que comprou o imóvel de forma irregular, ciente dos fatos, também terá o nome envolvido no processo, assim como não poderão se cadastrar na Cohagra.

Jorn. Natália Melo
Comunicação PMU