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Estado de emergência por causa da seca levou a Secretaria Municipal de Agricultura (Sagri), Emater-MG e Sindicato Rural a criar a Comissão de Crise Hídrica, nesta semana. A comissão, já prevista pelo decreto municipal 3.503/2015, tem por objetivo desenvolver ações de economia e reservação de água para minimizar os impactos dos períodos de estiagem intensos previstos para 2015.
Na reunião, realizada na segunda-feira (23), foram formatadas as primeiras diretrizes do grupo. Além da Secretaria Municipal de Agricultura e do Sindicato Rural, fazem parte da comissão: Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semat), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais, Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau) e produtores rurais irrigantes do município.
Contudo, as instituições integrantes da comissão devem ser ampliadas a partir da próxima reunião, prevista para ocorrer no dia 23 de março. A Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande (Amvale) será convidada, observada a necessidade de incluir os municípios vizinhos que também captam água nos rios Uberaba, Claro e Grande. Além disso, representantes destes municípios e representantes da indústria e do comércio poderão integrar a comissão.
Ainda na próxima reunião serão apresentados dados sobre sistemas de irrigação, volumes de captação e históricos de consumo. A intenção do grupo é discutir o monitoramento dos pivôs de irrigação como solução para gerir a quantidade de água utilizada nas lavouras.
O secretário municipal de Agricultura, Danilo Siqueira, destaca que a irrigação é a responsável por garantir a alimentação no mundo inteiro e que a crise hídrica deve ser levada em consideração de maneira coletiva. “Se todos os componentes da sociedade - governo, população, produtores rurais e industriais – planejarem a reservação e o consumo de água com responsabilidade, conseguiremos enfrentar os períodos difíceis de estiagem”, afirma.
Decreto – Em janeiro, estudo desenvolvido pela Sagri, Sindicato Rural e Emater constatou perdas de 30% a 50% nas lavouras uberabenses. O município foi dividido em regiões e os técnicos das instituições visitaram pastagens, cursos d'água e plantações, constatando a situação emergencial. O decreto foi publicado no jornal oficial Porta-Voz no início de fevereiro. Na região, parou de chover em 23 de dezembro e só voltou a chover em 24 de janeiro, o que afetou diretamente o período de formação das culturas, ocasionando as perdas.
Gestão Hídrica - Antes da comissão, a Sagri e a Semat criaram também o Comitê Municipal de Gestão Hídrica, exclusivamente para visitar cursos d'água e represas nas pequenas propriedades. Com esse estudo, os produtores poderão obter licenças ambientais para limpar cursos d'água, dar fundo em represas de pequeno porte, entre outras necessidades, incluindo bolsões para retenção de água da chuva em diversas estradas rurais e nas chamadas curvas de nível.
Mariana Bananal (Estagiária de Jornalismo)
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