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As artesãs do “Arte na Chita” estão rifando uma toalha de banquete cuja renda será revertida para entidades assistenciais em dificuldade, especialmente depois da pandemia do Covid-19. O projeto idealizado pela jornalista Evacira de Coraspe, que ministra as aulas de forma voluntária, tem como parceira a Fundação Cultural de Uberaba Professor Antônio Carlos Marques.
Segundo a chefe da Seção do Departamento de Cultura, Karina de Oliveira, além de disponibilizar os locais, a Fundação realizou a parte técnica e logística, como as matrículas. Já foram formadas cinco turmas sendo a primeira em 2018 com 40 alunas. “O foco é fazer ‘arteterapia’ para pessoas com vulnerabilidade emocional, como depressão, para que além do tratamento, tenham também uma nova fonte de renda”, afirmou.
O objetivo da iniciativa é ensinar mulheres a trabalharem no tecido chita ou chitão, com a perspectiva do bordado terapêutico. Antes da pandemia elas utilizavam espaços públicos para o trabalho como os jardins do Museu de Arte Decorativa (Mada), Memorial Chico Xavier, Escola de Cultura e Arte (Ecau), etc. “Sempre buscamos espaços abertos para que pudéssemos estar em contato com a linguagem da natureza, uma vez que funciona como terapia de um modo geral”, salientou Karina.
Evacira conta que durante a pandemia, com a impossibilidade dos encontros pessoais, foi desenvolvida a prática de bordado em casa, com as participantes conversando pelas redes sociais e orientando o trabalho. Cada uma fez um pedaço do que se tornou uma colcha padrão queen size de chita bordada, que foi rifada e a renda revertida para atender a Casa da Zoé, Lar André Luiz e cestas básicas para pessoas carentes.
A experiência foi muito positiva e agora as alunas estão terminando de bordar uma toalha de mesa com 3,5 metros, toda na chitinha de um lado e do outro lado forrada no chitão. “A peça pode ser aproveitada dos dois lados e quem ganhar estará levando duas toalhas em uma só”, destacou a jornalista.
De acordo com a idealizadora do projeto, todas as chiteiras bordaram as partes em suas casas e, uma delas, que tem a habilidade da costura, formatou a toalha dentro de uma logística matemática, levando em conta o resultado do trabalho coletivo.
“A rifa é uma maneira de contribuirmos através da nossa arte e doando o resultado para atender essas instituições como o Lar André Luiz, que é um lar para idosos, além de outras”, disse . A rifa custa R$ 25,00, podendo ser adquirida com Beatriz Carboni (99978-3724), Vanda (99161-3661) e Evacira Coraspe (99991-2674). Pode ser presencialmente ou mediante transferência bancária. Nesse caso será enviada a foto do bilhete para conferência pela loteria federal em março de 2021. “A toalha ficou muito bonita e principalmente tem nela muita vibração amorosa”, concluiu. São disponibilizados 500 bilhetes e a expectativa é levantar R$ 12,5 mil a serem doados.
Jorn. Maria Cândida Sampaio
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