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A Prefeitura de Uberaba, representada pelo presidente da Fundação Cultural de Uberaba, Antônio Carlos Marques, e o museólogo do Memorial Chico Xavier, Carlos Vitor Silveira, fizeram viagem oficial ao Rio de Janeiro na última semana, com o intuito de estudar a possibilidade de receber alguns pertences do ator Nelson Xavier, a partir de uma reunião com sua companheira, Via Negromonte. Em 2010, Nelson ganhou grande destaque no cinema nacional ao interpretar o papel principal no filme biográfico do médium Chico Xavier.
Nelson Xavier, apesar de não conhecer Chico pessoalmente, se aproximou muito da história espiritual e da família do médium durante as gravações de Chico Xavier: O Filme. Produzido pela Globo Filmes e dirigido por Daniel Filho, o longa, adaptação do livro “As Vidas de Chico Xavier” foi lançado em 2 de abril de 2010, mesma data em que seria comemorado o centenário de nascimento do líder espiritual. Chico nasceu em 1910 em Pedro Leopoldo-MG e cerca de 31 anos depois, em São Paulo, nascia Nelson Xavier.
Durante a reunião, foram abordados os assuntos relativos ao processo de transferência de pertences de Nelson para o Memorial. O acervo que será disponibilizado é composto por móveis, livros, quadros, troféus, fotos e documentos. De acordo com Carlos Vitor, os pontos discutidos foram a forma de transferência do acervo para Uberaba, bem como as estratégias para elaboração da exposição dedicada ao ator em consonância e contexto com as linhas de atuação do Memorial. “Além disso, foi uma oportunidade para saber um pouco mais sobre a vida de Nelson e da importância de sua interpretação no papel de Chico Xavier, contada com muita sensibilidade e emoção por Via Negromonte”, conta o museólogo.
Nelson transitou entre o teatro, cinema e televisão. A mãe dele desejava que fosse advogado, porém, a paixão pela arte fez com que a trajetória profissional fosse totalmente redirecionada. O ator chegou a cursar Direito, mas depois ingressou para a Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo e para o Teatro de Arena. Atuou em peças como “Eles Não Usam Black-tie” (1958), “Chapetuba Futebol Clube” (1959), “Gente como a Gente” (1959) e “Julgamento em Novo Sol” (1962).
Nelson Xavier também passou pelo Jornalismo, como revisor na revista Visão, onde colaborou como crítico de cinema e teatro. Na década de 70, a participação no cinema se fez marcante. Nelson participou de filmes como “O ABC do Amor” (1967), “Os Deuses e os Mortos” (1970), “A Culpa” (1972), “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1976).
Já na teledramaturgia, o ator incorporou personagens como o cangaceiro Lampião, na primeira minissérie da Globo, Lampião e Maria Bonita. Dentro das mais de 20 novelas e minisséries, podemos destacar “Irmãos Coragem”, “O Pagador de Promessas”, “Tenda dos milagres”, “Renascer”, “Joia Rara” e “Senhora do Destino”.
Dentro do meio artístico, na década de 80 conheceu a também atriz, Via Negromonte, com quem se relacionou. Nelson faleceu em 2017, aos 75 anos, na cidade mineira de Uberlândia, depois de ter complicações causadas por uma doença pulmonar. A ligação entre médium e ator foi forte e após interpretar Chico, Nelson reconheceu que o personagem fez uma revolução na vida e na forma de ver a espiritualidade.
Raiane Duarte – estagiária de Jornalismo
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