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Fundação Cultural

17/03/2017 - Terno de Moçambique e grupos de capoeira movimentam Praça Rui Barbosa nesta sexta

A Praça Rui Barbosa continua recebendo apresentações ao longo do mês às sextas-feiras, sempre a partir de 17h, ainda dentro da programação especial dos 197 anos de Uberaba. Nesta sexta (17) a apresentação é do Moçambique Zumbi dos Palmares, com o capitão José Reinaldo, e do grupo de Capoeira Águias 2000 e convidados.


Os ternos de Congada e Moçambique são uma manifestação religiosa e folclórica de origem africana trazida pelos escravos, e que foram recriadas em território brasileiro. São cortejos com danças coletivas onde os participantes, cantando e dançando, representam, basicamente, três temas em seu enredo: a vida de São Benedito, o encontro de Nossa Senhora do Rosário submergida nas águas e a representação da luta de Carlos Magno contra as invasões Mouras.


O Terno de Moçambique Zumbi dos Palmares, que se apresentará na Rui Barbosa, surgiu por conta de uma promessa. O capitão José Reinaldo e sua família eram dançadores de um terno, e em um 13 de maio, já prontos para sair, sua filha Patrícia caiu de bicicleta e se machucou muito. Ele, então, pediu proteção a Nossa Senhora do Rosário e prometeu sair por sete anos. Após terminar o voto, José Reinaldo fundou o Moçambique Zumbi dos Palmares, que hoje é um dos grupos de Terno tradicionais de Uberaba.


A segunda apresentação dessa sexta-feira é do grupo de Capoeira Águias 2000 e convidados. Segundo o professor de capoeira Cláudio Bernardes (Valente), responsável pelo grupo, o Águias 2000 existe há quase 3 anos e foi criado por meio do projeto de oficina do CEU das Artes, que foi continuado na praça do Residencial 2000. Atualmente são 58 inscritos, sendo cerca de 22 alunos por treino. As aulas acontecem terças, quartas e sextas, e são oferecidas gratuitamente.


“Nesta sexta-feira nosso objetivo é unir grupos de capoeira de Uberaba para uma grande roda na praça com o intuito de novas parcerias com a Fundação Cultural, que está de portas abertas para nos receber e construir novas propostas para atender as demandas da capoeira”, explica Valente.


As apresentações na Praça Rui Barbosa continuam até o fim de março e no dia 24 é a vez da Escola de Viola da Fundação Cultural, sob a regência do professor José Nicodemos. No dia 31, fechando o cronograma especial, a apresentação é do grupo Bumba meu Boi “Trancilim” da Tenda Tambores de Minas, Casa na Cruzada de Xangô. A direção é de Mãe Ana Lúcia de Benedito.
 
Luiza Carvalho – Jornalista
Comunicação PMU/FCU

 
 
 

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