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Uberaba é oficialmente o município com o maior número de grupos de Folias de Reis cadastrados em Minas Gerais e no Brasil. O levantamento, feito por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) mostra que grupos de 285 municípios foram cadastrados, abrangendo todos os 17 territórios estaduais demarcados pela atual gestão. Uberaba tem 106 grupos registrados até o momento, e em seguida está a cidade João Pinheiro, na Região Noroeste do estado, que aparece com 34.
Depois de um ano de pesquisas, o Iepha-MG vai apresentar ao Conselho Estadual de Patrimônio (Conep), no próximo dia 6, um estudo que identificou no estado,cerca de 1,5 mil grupos de Folias de Reis, pastorinhas, terno, charola e outros, conforme informou a presidente da instituição, Michele Arroyo, que destacou que a condição de patrimônio imaterial vai criar um diálogo maior com as comunidades, de forma a verificar as necessidades de cada uma, que podem ser falta de recursos, de roupas, instrumentos ou transporte.
Para o presidente da Fundação Cultural, Antônio Carlos Marques, esta valorização é um importante passo para fortalecer ainda mais as Folias de Reis. “Eu acredito na força das tradições culturais, e as festas de Santos Reissempre sobreviveram sem apoio, pois sobretudo sobrevivem pela fé e pela religiosidade das pessoas. Com o apoio merecido, eles vão se fortificar ainda mais. Os foliões são geralmente pessoas simples, mas que tem uma grande sabedoria e merecem nosso apoio e respeito”, destaca ele.
Em setembro, a Prefeitura de Uberaba e Fundação Cultural publicaram no Porta-Voz o decreto que homologou o registro da manifestação cultural como Patrimônio Cultural Imaterial de Uberaba. A estimativa é que Uberaba possui cerca de 160 companhias de Folia de Reis.
Em relação à salvaguarda, a Fundação Cultural, por meio da equipe do Setor Municipal de Patrimônio Cultural (Sempac), está realizando ativamente o processo de inventário das Folias de Reis de Uberaba, que consiste na catalogação das companhias existentes utilizando registros fotográficos, filmagens e entrevistas, que revelarão detalhes importantes como o tempo que as companhias foram formadas, a quantidade de integrantes e a história de cada grupo.
A historiadora da Fundação Cultural, Maria Aparecida Manzan, explica que a equipe está catalogando a história de cada um dos grupos cadastrados por meio das fichas de inventário.“As pessoas acham que todas as folias são iguais, mas na verdade cada grupo tem sua história e sua tradição. É uma diversidade cultural muito grande. A partir de agora, com este registro e a Associação de Folias de Reis reativada, elas podem receber recursos para continuar as atividades. O Patrimônio Histórico tem a obrigação, a partir do momento que a manifestação cultural é identificada e registrada, de ajudar a preservar e resguardar os grupos para que eles não desapareçam. A salvaguarda é uma forma de vigilância constante, de dar apoio para que a festa tradicional continue existindo”, pontua a historiadora.
Luiza Carvalho – Jornalista
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