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Prefeito municipal Anderson Adauto afirmou na quinta-feira, dia 22, em coletiva de imprensa, que caso não se confirme para os próximos dias nova data para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Uberaba, ele e equipe técnica irão pessoalmente à Brasília entregar o pedido oficial da fábrica de amônia e uréia para o município. Segundo Anderson, “Uberaba é uma cidade privilegiada para ter a fábrica devido à sua localidade”.
Na última semana, um encontro organizado pelo assessor de projetos estratégicos da PMU, Carlos Assis Pereira, apresentou a técnicos da Petrobras, Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas (INDI), Gasmig, Fosfertil e empresários do setor de fertilizantes, os diferenciais para o município abrigar o empreendimento entre eles: a infraestrutura rodoferroviária do DI-3, a vazão de água do rio Grande, a energia elétrica disponível e, principalmente, a logística de distribuição de fertilizantes, a partir de Uberaba, para todo o País. Carlos Assis ainda destacou que a produção de amônia e uréia, próxima ao fosfato gerado pela Fosfertil, trará uma enorme economia de frete e segurança ambiental para o complexo que se pretende instalar.
A expectativa do grupo volta-se para a implantação do gasoduto, projeto estruturante para o desenvolvimento do parque industrial do Triângulo Mineiro, que o Governo de Minas vê como prioritário. De acordo com informações da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda), em 2008, 1,3 milhões de uréia foram processadas a partir de importação dos portos de Vitória, Paranaguá e Santos, sendo processadas no Distrito Industrial III, em Uberaba, na forma NPK e enviadas para consumo nos campos do Brasil Central e noroeste de São Paulo. Este processamento partiu das diversas misturadoras que hoje estão instaladas no DI III.
“A nossa sugestão, uma vez que a planta da Petrobrás visa produzir 1 milhão de toneladas de uréia, e procurando a substituição de importação, que se fizesse então a localização desta fábrica em Uberaba”, explica Assis. De acordo com ele, isso iria descongestionar os portos de Vitória, Paranaguá e Santos, em quantidade equivalente a 1 milhão de tonelada/ano e 45 mil caminhões, que deixariam de fazer este trajeto até Uberaba.
Ainda de acordo com o assessor de projetos, a unidade de amônia da Petrobrás consumiria cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia, e esta posição de alto consumo seria a mola mestra de viabilização deste gasoduto, considerado um projeto estruturador de desenvolvimento do Brasil Central e de grande interesse para os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
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