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Presidente da GASMIG garante que obra do gasoduto caminhará junto com obra da fábrica de amônia – UFN V. Prefeito Paulo Piau revela que empresas já estão interessadas em instalar em Uberaba devido ao gás
Ao falar sobre o anúncio do governo mineiro de trazer de Belo Horizonte para Uberaba o gás, o prefeito Paulo Piau destacou que São Paulo perdeu uma oportunidade de desenvolvimento. “Esta é uma avaliação pessoal. São Paulo perdeu uma grande oportunidade de criar um eixo de desenvolvimento no norte do Estado. Acho que, infelizmente, eles apertaram tanto e quiseram levar tudo, e a gente sabe que eles queriam levara a fábrica de amônia de Uberaba para São Paulo. Agora somos nós, mineiros, que vamos ter este eixo de desenvolvimento”, disse.
O presidente da Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais, Djalma Bastos de Morais, explicou que o acerto relativo a gás, foi tomado em reunião ocorrida no último dia 19, na sede da Petrobrás, com representantes da própria empresa, da Gasmig, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Gaspetro. Segundo Morais, as opções que existiam, com custo mais baixo (Gás de Ribeirão Preto e o de São Carlos – TGBC), demandariam tempo e questões jurídicas que eles não teriam tempo para resolver.
“Havia entendimento jurídicos a serem decididos e não tínhamos mais tempo. Sendo assim, decidimos por um gasoduto no território mineiro. A nossa prioridade zero é abastecer a fábrica de amônia em Uberaba, mas posteriormente, daremos início a outros projetos, pois as cidades que ficarem próximas ao percurso do gás, poderão ser beneficiadas”, disse ele.
O gasoduto partirá de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, percorrendo 456 km até chegar a Uberaba. O investimento a ser feito é de US$ 900 milhões, ou seja, 1 bilhão e 800 milhões de reais, com capacidade inicial para transportar 3 milhões m³/dia de gás natural. A previsão é de que a obra esteja concluída até maio de 2016, prazo este, segundo o presidente da Gasmig, José Carlos de Mattos, alinhado a construção da UFN-V.
No valor da obra, o presidente da Cemig explicou que ainda não está acertada a participação da cada empresa no processo. “Ainda vamos definir como será a participação de cada um. Pode ser que a Petrobrás participe pouco, a Gasmig com aproximadamente 40% e Cemig com aproximadamente 60%. Ou pode ser que a Petrobrás não queira participar. A definição de como será esta participação se dará até o final de dezembro e em seguida vamos viabilizar o projeto, em condição de abastecer a fábrica. Pode ser recursos da Cemig, Gasmig, Petrobrás e também do BNDS, ou outra entidade que nos financie. Uma coisa é garantida: o gasoduto será viabilizado”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o projeto no âmbito da Gasmig, José Carlos Mattos garantiu que a empresa tem expertise para executar o projeto. “A Gasmig tem uma rica experiência nesta área. Construímos o gasoduto do Vale do Aço com 230 km, o do Sul de Minas com 126 km, entre outros projetos. Esta obra será de grande impacto para a empresa, seja no tamanho, valor de mercado, volume de gás, mas temos expertise para assumir e executar o projeto”, garantiu.
De Minas para Minas – De olho no desenvolvimento de Uberaba e todo Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, o prefeito Paulo Piau afirmou em coletiva de imprensa, “que agora, mais que nunca, a Região Metropolitana deve sair, pois há a necessidade de planejar a região para os investimentos que virão com o gás e também com a fábrica”.
Ao enfatizar a importância da decisão do governo de viabilizar um projeto de Minas para Minas, Piau citou que o Estado terá um boom de desenvolvimento. “O que vai acontecer nesta região é maior do que imaginamos. Exemplo disso é a indústria de cerâmica que só se viabiliza com o gás como energia. Como nos a matéria-prima aqui, veja como se descortina uma nova modalidade de indústria para nossa cidade”.
Ele lembrou ainda que está previsto mais investimento em logística na cidade, bem como se faz necessário trabalhar para a construção do Aeroporto Internacional de Cargas, pois muitas empresas utilizam este meio de transporte. Piau destacou que entende que o projeto demanda tempo, mas que é preciso trabalhar em prol agora, com vista a garantir sua execução no futuro.
“Muita gente acha que é um sonho, mas a partir do momento que teremos empresas aqui, que produzem material que pode ser transportado por avião é necessário trabalhar em prol disso. Na última segunda, em Belo Horizonte, conversamos com empresa privada que tem interesse nesse aeroporto, pois é concessão. Mas temos que marcar posição. Isso é importante, é uma ideia futurista, mas temos que trabalhar e a imprensa também tem um papel importante nesta questão”, disse.
Ele ressaltou também a logística da cidade, que conta com rodovias duplicadas, algumas prontas e outras já com planejamento, bem como, mineroduto, etanolduto e sistema ferroviário, com investimentos a serem anunciados em breve.
Jorn. Keila Riceto
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